エピソード

  • Alexandre Oliveira: "Não imaginava que Walewska iria se matar. Não percebi nada."
    2025/01/08

    Um roteiro emocionante, de superação.

    Esse seria resumo simplista da vida de Alexandre Marcelo Oliveira.

    Quem vê a figura imponente, atlética, jornalista muito bem informado, articulado não imaginaria as barreiras que teve de superar.

    "Vou atrás dos meus sonhos. Me preparo, luto. Sei que nada vem de graça. No esporte, na vida. Mas sempre enfrentei com dignidade. E sempre optei pelos meus valores, pelo coração."

    Foi assim desde menino, quando decidiu ser jogador de vôlei. Foi, ainda adolescente, morar em concentração, longe da família, que ficou em Santa Catarina.

    Muito técnico, ágil, tinha talento de sobra, mas faltava altura, seus mais de 1m86 eram insuficientes.

    Os técnicos se mostravam surpresos com sua impulsão, defesas, passes.

    Era um ótimo levantador. Porém 'baixo'.

    Foi campeão da Superliga, pela Unisul. Mas percebeu que o desejo de chegar mais longe, jogar pela Seleção Brasileira, por grandes times do mundo, não seria possível. Aí surgiu o jornalismo.

    Se tornou repórter, apresentador, comentarista. "Fiz como no vôlei. Me preparei muito. Estudei, fui atrás de me desenvolver."

    A ascensão foi fulminante na Globo. Com direito a coberturas de torneios internacionais. O momento mais marcante aconteceu quando Bernardinho precisou de um levantador reserva no Mundial de Vôlei, em 2010, na Itália. Não só aceitou como foi elogiado pelo exigente técnico. "Foi um sonho realizado, participar de um treino com a Seleção Brasileira. E fui muito bem."

    O nível do desempenho profissional era tanto que se tornou correspondente em Paris. "Cobri a chegada do Neymar ao PSG. Viajava pela Europa cobrindo os brasileiros em torneios importantes, dos mais diferentes esportes."

    Mas o roteiro teve de mudar. Por conta da saudade de sua filha, no Brasil. Separado, não suportou ficar meses sem vê-la e decidiu pedir para voltar ao país. Ninguém da emissora carioca acreditou na sua escolha.

    Em outubro de 2021, depois de 15 anos na Globo, saiu, depois de uma reformulação geral no esporte.

    "Foi um período bem difícil. Há muita fantasia em relação aos ganhos dos jornalistas. Meus gastos eram enormes com a separação. Pensei que os trabalhos surgiriam rapidamente. Demoraram. E o dinheiro sumindo.

    "Chegou um dia que eu tinha um abacate para comer. E neste dia, minha filha estava em casa. O abacate foi para ela, lógico."

    Muito competente, a reviravolta veio. Alê criou um canal no youtube específico de vôlei. O Ataque Defesa recebe os melhores jogadores e técnicos do país.

    Em uma dessas entrevistas, a convidada era Waleswska.

    A excelente jogadora da Seleção deu seu último depoimento, antes de tirar a própria vida.

    "Foi um choque enorme para mim. Não percebi nada de diferente nela. Fiquei muito mal, me culpando, pensando que poderia ter feito alguma coisa. Mas não poderia adivinhar o que ela iria se matar." Ela cometeu suicídio no dia seguinte, 22 de setembro de 2023.

    Foi terrível momento para Alexandre.

    Mas a vida seguiu.

    Os convites para seguir sua carreira surgiram. E hoje ele é contratado da RECORD para as transmissões do Paulista e do Brasileiro.

    "O vôlei já foi tudo para mim.

    "Hoje é o jornalismo.

    "E estou vivendo um momento muito feliz..."

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    1 時間 30 分
  • Paloma Tocci: "O Neymar é perseguido! Vou estar sempre ao lado dele"
    2024/12/31

    "Eu lutei muito.

    "As pessoas falam que melhorou o espaço que a mulher tem no futebol.

    "Mas ainda precisamos brigar para ter o nosso lugar.

    "As oportunidades ainda não são iguais.

    "Os homens têm muito mais vantagem.

    "Como envelhecer trabalhando. A mulher, não.

    "Tenho plena consciência que estou no auge da minha carreira.

    "Lutei muito e sei que mereço chegar onde cheguei.

    "Assédio por ser mulher?

    "Nunca dei espaço.

    "Sei me impor."

    Paloma Garrues Soubihe Tocci é um vulcão.

    Não é por acaso que seus seguidores nas redes sociais ultrapassam um milhão.

    De personalidade forte, não deixa pergunta sem resposta.

    Desde que surgiu no jornalismo esportivo, abriu espaço, com competência.

    Não ficou esperando, nem pediu licença.

    Sabia o que queria.

    Desde quando começou como estagiária na Band, quando se ofereceu para cobrir os bastidores selvagens de um aguerrido São Paulo e Corinthians, no Morumbi.

    Jornalista tem de estar no olho do furacão.

    "Foi uma loucura! Bombas caseiras. Torcidas organizadas jogando bolas de bilhar, uns torcedores em outros. A reportagem já entrou em rede nacional. Foi o início de tudo. E fui aprendendo com os anos. Faço questão de levar a melhor informação sempre!"

    Paloma é mais do que eclética.

    Apresentadora, repórter, radialista, mãe.

    Corajosa, não foge dos desafios. Foi assim que cobriu os Jogos Panamericanos de 2007, Olimpíada de Pequim. Paulistas, Brasileiros, Libertadores.

    Mas na Copa do Mundo de 2014 exagerou.

    Mostrou toda a versatilidade, misturando apresentação e reportagem.

    O resultado foi excelente. Acabou fazendo um caminho inédito.

    A repórter esportiva dividiu a bancada do Jornal da Band, com o saudoso Ricardo Boechat. Levando ao ar notícias de todas as áreas.

    "Foi incrível a experiência. Ele era um gênio. Aprendi muito. Sua perda é irreparável."

    Paloma tem carreira longeva. Não aparenta os 42 anos.

    Foram dois anos na Rede TV!

    E 15 anos na Band, de onde saiu para chegar à RECORD.

    Será a apresentadora das transmissões do Campeonato Paulista e do Brasileiro. Ainda comandará o programa Esporte Record, ao lado de Cleber Machado.

    "Mereço estar onde cheguei. Lutei e me preparei muito. Me sinto mais do que pronta. Chorei quando tive de avisar à direção da Band que estava vindo para a Record. Pela ligação com a emissora. Mas todos entenderam que o projeto era irrecusável. Não poderia estar mais feliz..."

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    1 時間 29 分
  • Renato 'Pé murcho': "Sabíamos que ganharíamos do palmeiras, na final do brasileiro. O guarani era o melhor time do país"
    2024/12/30

    "Ele foi um dos melhores meias do mundo." "O problema era só a timidez." "Ele deveria ter se imposto mais." "Faria história." A análise é de Zenon, excelente jogador do Guarani e do Corinthians. Ele resume o futebol de Renato, conhecido com o cruel, e injusto, apelido de Pé Murcho. 'O responsável por isso foi o Juninho Fonseca, ex-zagueiro do Corinthians. Ele sofria comigo, quando eu estava no São Paulo. Estávamos na Seleção Brasileira. Errei um chute e se aproveitou para brincar. Eu fiquei irritado. Bastou. O apelido pegou. Mas sei que me atrapalhou. Travou minha carreira, que foi ótima, mas poderia ter ido além", desafava, em entrevista exclusiva. Renato tinha um futebol à frente do seu tempo. Com arrancadas fulminantes, dribles objetivos, e, sim, chutes fortes de fora da área. Seu estilo era muito parecido com o de Kaká. "O Juninho Fonseca me traumatizou. Passei a treinar ainda mais arremates. Virei especialista. Marquei inúmeros gols fora da área. Mas ninguém se esquecia do apelido." Dirigentes do Exterior ficavam tensos com o 'sobrenome' Pé Murcho. Ele sabe o quanto atrapalhou. Renato surgiu com enorme talento na meia direita. Quase ficou no Palmeiras. Mas acabou no inesquecível Guarani campeão brasileiro de 1978. "Nosso time era fortíssimo. Se completava. Foi além de qualquer expectativa. O Carlos Alberto Silva montou uma equipe moderna, competitiva, fulminante nos contragolpes. Sabíamos que iríamos ser campeões do país. Não havia rival." Carlos Alberto Silva o levou para o São Paulo, em 1980. Foi bicampeão paulista. Telê Santana o levou à Copa do Mundo de 1982. "Naquela época não dei muita sorte. Porque era reserva especificamente do Zico. Eu senti que não entraria no time. Cheguei a pedir para o Zico para entrar cinco minutos, ter o gostinho de ter entrado na Copa. Mas ele disse 'não'. Queria ser o artilheiro do Mundial e o melhor jogador. O que eu poderia fazer? Assisti de fora." E chorou com os demais companheiros, na derrota inesperada do Brasil para a Itália, que tirou a equipe da final da Copa. "Nosso time era fantástico. Mas o Telê deu liberdade para o Paolo Rossi. Ele jogou como quis. Marcou três gols e fomos eliminados. Choramos muito no vestiário." Se julgou injustiçado no São Paulo e na Seleção. "Fui dispensado no auge pelo Cilinho. Ele quis fazer a renovação do elenco. Eu tinha 28 anos. Era 'velho'. Fui para o Atlético Mineiro, estava bem demais. E o Telê, que chegou da Arábia, não sabia quem jogava bem no Brasil. E não me levou. O Cláudio Coutinho, que era genial, estava me convocando. Foi uma injustiça." Renato acabou sendo pioneiro no Japão, no Nissan Motors, que depois virou Yokohama Marinos. Acabou a passagem no Kashiwa Reysol. Encerrou a sua importante carreira na Ponte Preta e Taubaté. "Fui muito feliz. Comecei ciclos históricos. Minha vida no futebol foi muito intensa." Renato a detalhou nesta conversa obrigatória...

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    1 時間 27 分
  • Giuseppe Dioguardi: "Ganso pode sonhar com a seleção. Não há um meia como ele."
    2024/12/17

    "As pessoas precisam entender que o empresário é fundamental para o futebol. É ele quem cuida da carreira dos atletas que, por décadas foram explorados pelos clubes."

    Essa é a filosofia de um dos principais agentes do futebol deste país, Giuseppe Dioguardi. Ele é responsável pelas decisões na carreira de Ganso, do Fluminense, de Murillo do Nottingham Forest, Robson, Thiago Lopes e Geferson Teles.

    Cuidou de Kléber Gladiador e de Fernando Prass.

    "Trabalho com poucos atletas por opção. É impossível dar a atenção merecida a 50, 100 atletas. Respeito que faz isso. Mas o que busco fazer é estar mesmo ao lado dos jogadores, que decidiram repartir sua carreira comigo."

    Pepinho, como é conhecido no meio do futebol, ficou conhecido por conseguir contratos longos para seus atletas. O maior exemplo está na carreira de Kléber Gladiador.

    "Profissionais trabalham por 30, 40 anos. Jogador, dez, 12. Então, se ele tem potencial, o clube precisa pagar e dar estabilidade pessoal para render. Daí as negociações por longo tempo, com remuneração adequada."

    Fica revoltado quando os empresários são considerados vilões na estrutura do futebol deste país. "O que acontece é que os dirigentes se revoltam quando os atletas têm quem lute por seus direitos. Foram décadas fazendo o que bem entendessem, com a Lei do Passe. Isso acabou. Jogador é um profissional com deveres e direitos. Muitas vezes, a imprensa publica o que ouve de presidentes de clubes e não sabe detalhes dos contratos. E a opinião pública fica contra os agentes."

    Dioguardi tem ótima relação com Ganso, que considera 'injustiçado' no futebol brasileiro. 'Ele superou vários problemas de contusão. Mas pode sonhar com Seleção. E sonha. Atualmente não há um meia brasileiro com seu talento. Ele mantém sim a esperança de uma nova chance à Seleção." O jogador do Fluminense tem 35 anos.

    Pepinho recusou proposta para ser executivo do futebol do Palmeiras, clube com quem travou várias batalhas públicas. Foi chamado por administrações passadas. E do Corinthians, na atual.

    "Não gosto de falar desse assunto. Porque vejo como um cargo importante demais e que exige preparo. Conhecimento de mercado, de dirigentes de grandes clubes no Exterior. Falar idiomas. É responsabilidade enorme. Só vou trabalhar um dia, neste cargo, se tiver autonomia. O que é difícil demais no futebol brasileiro. Por enquanto, vou ficar defendendo meus jogadores."

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    1 時間 29 分
  • Jamil Chade: "O mundo perdeu o encanto pela seleção brasileira."
    2024/12/10

    27 de maio de 2015.

    Hotel Baur au Lac, um dos mais luxuosos de Zurique.

    7h30 de uma manhã gelada na Suíça.

    Agentes do FBI e soldados da polícia suíça invadem quartos com diárias de R$ 5 mil. E prendem 14 membros da altíssima cúpula da Fifa.

    O maior esquema de corrupção da história do futebol foi desarticulado.

    No lobby do hotel, 'enrolando' com um café que custou R$ 50,00, estava um jornalista brasileiro. Ele acompanhou dirigentes sendo presos e levados para carros da polícia, com os rostos e corpos cobertos por lençóis egípcios. Para não serem reconhecidos.

    Estava lá para cobrir uma reunião do Comitê Executivo da Fifa e presenciou o marco mais significativo dos bastidores do futebol.

    O Fifagate foi só uma das inúmeras coberturas históricas do premiado jornalista Jamil Chade.

    Há 24 anos, decidiu fazer mestrado em Genebra, quando decidiu se tornar correspondente do Brasil no Exterior. E virou um dos melhores da história do jornalismo deste país.

    Eclético, corajoso e com visão profunda dos principais acontecimentos, fez questão, nestes 24 anos, de estar no 'olho do furacão'.

    "Cobri guerras, escândalos financeiros, entrevistei ditadores árabes e apaixonado por futebol, acompanhei a exposição da corrupção da Fifa, a queda de João Havelange, de Joseph Blatter, que eram tratados com mais respeito que presidentes de países", diz Jamil.

    Pelas apurações e matérias que fez, foi chamado para depor na CPI da Nike, em Brasília.

    Dos nove livros que escreveu, três são sobre bastidores do futebol. Expôs, aos políticos deste país, de forma didática, os fatos chocantes que descobriu.

    A entrevista vai além dos bastidores da queda da alta cúpula do futebol, mergulha na Seleção Brasileira e na visão que o mundo tem, do time que fracassa em Copas do Mundo, desde 2006.

    "Interesses comerciais sequestraram a Seleção Brasileira. Desde então, vieram as derrotas, a falta de identidade. É triste. O mundo perdeu o encanto com a camisa verde e amarela."

    Jamil está passando por um período em Nova York, depois de mais de duas décadas na Suíça. Segue sua missão de traduzir o mundo para vários veículos jornalísticos.

    Tive a sorte de trabalhar por décadas com ele no Jornal da Tarde e comprovei seu talento único como correspondente. Acesso a fontes importantíssimas. E coragem.

    Jamil foi presidente da Associação da Imprensa Estrangeira na Suíça. Foi um dos pesquisadores da Comissão Nacional da Verdade, criada para investigar crimes e violações dos direitos humanos na Ditadura Militar.

    Ganhou o prêmio Audálio Dantas, reservado aos jornalistas que dedicaram suas vidas à democracia, justiça, direito à informação e direito à informação.

    O que vai para o ar hoje não é uma entrevista.

    É um privilégio.

    A chance de decifrar não só o futebol brasileiro, mas este país, com os olhos do mundo...

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    1 時間 26 分
  • Valério Luiz Filho: "A justiça levou 12 anos para prender o dirigente que matou meu pai."
    2024/12/03

    Cinco de julho de 2012.

    14 horas e cinco minutos.

    O jornalista esportivo Valério Luiz Oliveira terminava o programa 'Jornal de Debates', na rádio Jornal 820 (atual rádio Bandeirantes), em Goiânia.

    Mal entrou no seu carro, passou um motoqueiro, com capacete, e o executou com seis tiros à queima-roupa.

    O crime chocou o país.

    Uma das primeiras pessoas a chegar no local do crime foi Valério Luiz Oliveira Filho. Ao ver seu pai assassinado, ele prometeu que iria lutar por justiça. Valério estava cursando direito tributário. Mudou para direito criminal.

    "Foi uma execução fria, cruel. E por motivo banal. Meu pai foi morto porque criticou um dirigente do Atlético Goianiense. Em vez de processá-lo, caso tivesse se sentido ofendido, essa pessoa decidiu matá-lo. As investigações não deixaram dúvidas. Apontaram para Maurício Borges Sampaio, como mandante, que era poderoso, dono de cartório e vice-presidente do clube", diz Valério, que aceitou vir para os estúdios da RECORD, em São Paulo, para a entrevista.

    Em uma hora e meia, ele expôs de forma corajosa e emocionante toda a saga para punir as pessoas que, de acordo com a justiça de Goiânia, mataram seu pai.

    Valério pai já criticava a gestão do Atlético Goianiense há tempos, que estava muito mal. A gota d'água teria sido uma frase, dirigida a Maurício, que iria se afastar do comando do futebol do clube.

    "Quando o barco está enchendo de água, os ratos são os primeiros a pular fora."

    Ainda de acordo com as investigações da polícia civil de Goiânia, o dirigente teria ficado ofendido. E em vez de processar o jornalista, teria articulado a tocaia, o assassinato.

    "Todas as provas indicavam a participação de pessoas envolvidas com ele. Maurício é uma pessoa muito poderosa. Tive medo, mas não iria desistir. Minha família sofreu demais com esse assassinato banal. Todos os recursos da legislação brasileira foram usados para adiar o julgamento final. Foram 12 anos até sua prisão."

    Maurício Sampaio está condenado a 16 anos de reclusão, como mandante. Foi preso no dia 21 de junho deste ano. Além dele foram condenados Urbano de Carvalho, Ademá Figueredo e Marcus Vinícius Xavier.

    As penas aos outros três foram de 14 anos de reclusão.

    Urbano, por contratar Ademá. Ele teria feito os disparos. E Marcus por ajudar no planejamento da execução.

    Durante os 12 anos de luta na justiça, Mauricio Sampaio, apesar da acusação gravíssima, foi eleito presidente do Atlético Goianiense.

    "Foi uma das situações mais absurdas. Ele acusado de assassinato e eleito presidente do clube, mesmo assim. Mas só me deu força para lutar por justiça pelo meu pai. E eu consegui. Ele está na cadeia, pagando pelo que fez."

    A saga de Valério Luiz Filho está detalhada na mais importante entrevista do canal.

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    1 時間 33 分
  • Erich Beting: "O Brasil desperdiça dinheiro demais. O marketing esportivo daqui está 20 anos atrasado."
    2024/11/26

    Ele se tornou uma das maiores autoridades em marketing esportivo.

    E mal acabou de completar 45 anos.

    Compreendeu, antes de ninguém, o quanto o esporte deste país mantinha postura amadora diante do mundo. E o tamanho do desperdício de dinheiro, visibilidade, potencial.

    Foi quando Erich Beting, que justificava o sobrenome nobre no jornalismo deste país, decidiu ir por uma área não explorada por seu tio, Joelmir, e nem pelo primo, Mauro.

    "Decidi cobrir marketing esportivo. As pessoas nem sabiam direito o que era isso. Tendo como parâmetro o que acontecia na Europa. Nós não tínhamos muitas informações. Era um campo que absolutamente o futebol e os outros esportes desconheciam. Havia muita ingenuidade. E dinheiro desperdiçado. Todos foram acordando.

    "Mas ainda estamos atrasados pelo menos 20 anos em relação aos Estados Unidos, à Europa."

    Depois de trabalhar na Folha e no Lance!, ele decidiu, em 2005, criar o portal Máquina do Esporte.

    Site especializado em marketing esportivo.

    "Muita gente achou loucura na época, deu mais do que certo", diz, com justificado orgulho.

    A Máquina do Esporte se tornou leitura obrigatória para quem quiser saber e compreender os negócios envolvendo os esportes.

    Em uma hora e meia, Erich Beting não concedeu entrevista.

    Ele deu uma aula de mestrado.

    Detalhou o longo e atrasado caminho do marketing esportivo no país. Falou muito sobre patrocínios, ligas, transmissões de televisão.

    Desgaste da imagem da Seleção Brasileira.

    Neymar.

    Uma das melhores entrevistas do canal.

    Quem quiser entender como o dinheiro envolve, principalmente o futebol, os jogadores e os clubes, e como ainda pode render muito mais, e ainda se atentar às forças das marcas, deveria ouvir Erich Beting...

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    1 時間 32 分
  • Fabíola Reipert: "As mulheres agredidas pelos jogadores nos procuram. É o recurso que têm para se proteger."
    2024/11/19

    O 'jornalismo esportivo sério' tem sido absolutamente desleal com repórteres de celebridades.

    Foram inúmeras situações que afetaram a Seleção Brasileira.

    Envolvendo Neymar, principalmente, Militão, Antony, Rodrygo, Bruno Guimarães entre vários outros.

    E que foram reveladas por essa área do jornalismo, mas que jamais foi citada como 'fonte'.

    "Há um preconceito, sim. Sem a menor dúvida. É como se o nosso empenho fosse menor. É muito difícil descobrir uma notícia. Várias revelações nossas acabaram influenciando clubes, carreiras, situações na Seleção Brasileira. Só que ninguém tem a preocupação em citar quem divulgou primeiro. Quem trouxe a notícia para o público."

    A constatação é de Fabíola Reipert, uma das mais respeitadas jornalistas de celebridades.

    Ela trabalha há 26 anos apurando notícias. Foram inúmeros furos.

    E os jogadores de futebol passaram, cada vez mais, a serem pautas.

    "Olha, vou confessar. Há um antes e depois, envolvendo notícias pessoais de jogadores. E o responsável por isso se chama Neymar.

    "Já houve outras estrelas, como Ronaldo, Romário.

    "Mas não sei o que o Neymar tem.

    "O mundo quer saber tudo de sua vida. E ele adora. Tanto que se expõe. E a gente divulga.'

    Fabíola é filha do radialista Guilherme Reipert.

    Ficou 11 anos no jornal Agora São Paulo. Está há 15 anos no R7. E, desde 2014, apresente a Hora da Venenosa, no Balanço Geral, da RECORD, com Reinaldo Gottino e Renato Lombardi. Seu quadro dá tanta audiência que até alterou programação de emissoras concorrentes.

    "Trabalhar buscando notícias de bastidores de jogadores de futebol é duro. Houve a minha amiga, excelente jornalista, Fernanda Factory, que não aguentou a pressão. Ficou depressiva. Teve vários problemas familiares. E sucumbiu."

    Sem querer, jornalistas de celebridades acabaram se tornando 'advogados' de esposas, namoradas ou até amantes de jogadores.

    "Algumas delas são agredidas, maltratadas e nos procuram. Antes, elas não tinham defesa. Agora, elas têm."

    A entrevista exclusiva com Fabíola Reipert é mais do que reveladora.

    O jornalismo esportivo não tem o direito de seguir se aproveitando dos especialistas em celebridades.

    E não dar crédito às notícias que eles apuram.

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    1 時間 17 分