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Cosme Rímoli

Cosme Rímoli

著者: Cosme Rímoli
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このコンテンツについて

Jornalista esportivo Cosme Rímoli entrevista grandes nomes do universo do esporte em um bate-papo sobre o que rola dentro e fora de campo.Cosme Rímoli
エピソード
  • 'QUIS O SÃO PAULO. DISSE NÃO AO REAL MADRID. ACERTEI.'
    2025/05/13

    "Para sair do Nacional, queria o melhor futebol do mundo.

    "Na época, o Brasil era 'o' Brasil. Ou seja, o melhor entre os melhores.

    "E a proposta era do gigante São Paulo, clube vencedor. Onde jogou o ídolo de todo uruguaio, o Pedro Rocha. Aceitei, lógico.

    Alfonso Dario Pereyra Bueno.

    De futebol tão refinado que ganhou, por todo merecimento, o apelido de 'Don' Dario Pereyra. 'Don', precedendo o nome, é uma forma de tratamento, em espanhol, reservado à elite.

    E Dario Pereyra mereceu.

    Foi contratado pelo São Paulo para ser o sucessor de Pedro Rocha, que vivia seus últimos momentos no clube, em 1977. Era visto como a principal revelação uruguaia. Misturava personalidade forte, técnica e muita garra.

    Volante talentoso, jogava com a camisa 10 e faixa de capitão na Seleção Uruguaia. Aos 18 anos!

    Chegou no São Paulo e já fez história.

    Venceu o primeiro brasileiro do clube, em 1977.

    Mas depois dessa conquista, Dario sofreu. E muito. Ficou um jogador marcado por lesões. Jornalistas questionavam se ele não teria problemas crônicos. Ou psicológicos.

    "Só falavam das minhas 'dolores', dores, em espanhol. E eu tinha mesmo. Fortíssimas dores musculares, distensões. O meu problema era alimentação. Eu estava sozinho no Brasil, em uma casa que me deixaram com outros jogadores. Havia uma funcionária que só fazia arroz, feijão e carne de panela. Todos os dias. Eu estava acostumado a muitos legumes, carnes grelhadas, ovos, verduras, alimentação balanceada. Tudo acabou quando trouxe minha família para São Paulo. E passei a me alimentar como estava acostumado no Uruguai."

    Carlos Alberto Silva foi fundamental na sua vida. Assim como o acaso. Gassem, o quarto zagueiro, estava contundido. "Ele me perguntou se eu poderia deixar de ser meio-campista e jogar na zaga. Disse que sim. E nunca mais saí de lá. Formei uma dupla maravilhosa com o Oscar. Nós nos completávamos."

    Quem revelou o segredo do sucesso de Dario Pereira foi outro craque imortal. Ademir da Guia. "Ele era um excelente jogador de meio-campo, com enorme visão de jogo. Atuando como zagueiro, ele pegava a bola de frente e enxergava toda a movimentação, a distribuição do time adversário. Com sua técnica já começava desequilibrando a partida para o São Paulo."

    Para completar, tinha uma impulsão fora de série e antecipação marcante, não precisava dar pontapés. Ele antecipava os passes para os atacantes adversários e saía jogando.

    Foram 11 anos no São Paulo e seis títulos. Com a direção recusando várias propostas do Exterior. "Eu tive sorte porque peguei três gerações sensacionais. A primeira, campeã brasileira, do Minelli. A segunda, bicampeã, em 1986, do Pepe, muito técnica, com Careca, Oscar. E os 'Menudos', com Müller, Silas, Sidney e o Cilinho comandando."

    Dario revela que não ganhou Libertadores com o São Paulo porque o clube não priorizava a competição. 'Era disputada ao mesmo tempo que o Paulista, no primeiro semestre. Não tinha o mesmo valor que hoje. Não tinha transmissão pela tevê. Os juízes nos roubavam. Eram muitas agressões. Não tinha antidoping. Era só desgaste e não valia a pena. Potencial para ganhar, o São Paulo teve naquela época. Mas não era prioridade."

    Depois de marcar época no São Paulo, Dario passou pelo São Paulo, Palmeiras e terminou a carreira no Matsushita Electric, atual Gamba Osaka, no Japão.

    Se aventurou como treinador, por 18 anos. Foi campeão mineiro pelo Atlético. Mas a falta de um empresário, escolhas erradas e fases dos clubes se juntaram para atrapalhar sua trajetória. Mesmo assim revelou jogadores como Denilson.

    Aos 68 anos, Dario segue completamente identificado com o São Paulo. É um dos maiores ídolos da história do clube. Com todo merecimento.

    "Eu não me arrependo de ter dito não ao Real Madrid.

    "Escolhi o São Paulo e escolheria de novo.

    "O Brasil era o Brasil, do melhor futebol do mundo.

    "E o melhor clube do Brasil era o São Paulo. E ainda é"...

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    2 時間 7 分
  • 'VI TODO O DRAMA. RONALDO TEVE CONVULSÕES. ZAGALLO NÃO SUPORTOU A PRESSÃO. E O ESCALOU.'
    2025/05/06

    Ricardo Setyon foi testemunha do caso mais mal contado do futebol brasileiro.

    Um dos jornalistas de maior currículo deste país.

    Psicólogo, formado em Ciências Políticas, poliglota.

    Professor de gestão do Esporte.

    Toda essa bagagem o levou a trabalhar na Fifa, por 15 anos.

    Cobriu guerras, viveu a Fórmula 1, colaborou para jornais, revistas e sites do Japão, França, Espanha. Trabalhou em rádio, tevê, portais. Viajou o mundo todo. Morou em vários lugares.

    Sua alma inquieta não o deixa fixar em um local.

    Freelancer é a expressão que melhor o define.

    Ele quer cobrir torneios, jogos, corridas, guerras, o veículo não importa.

    Mas a história que ele não escapa é a final da Copa de 1998.

    Desta vez, Setyon destrinchou como nunca o que aconteceu, naquele 12 de julho de 1998, em Paris, no estádio Saint-Denis.

    Ele era chefe de Mídia da Fifa, só para a Seleção Brasileira.

    E frequentava os bastidores da Seleção, para desespero do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que não tinha o controle sobre ele.

    São tantas histórias... Mas é melhor se fixar sobre o 'episódio Ronaldo'.

    Setyon tinha total acesso à concentração brasileira em Ozoir-la-Ferrière, 'cidadezinha' ao lado de Paris. A Seleção se hospedava em um castelo. E ele acompanhou o que Ronaldo viveu.

    "Ele estava extremamente tenso por tudo que acontecia na sua vida pessoal. (Sua mãe e seu pai estavam separados, com namorados, convivendo na mesma casa. Telefonavam diariamente para ele, contando brigas. Ele tinha ciúmes, pela namorada Susana Werner fazer inúmeras matérias com Pedro Bial.)

    "O Roberto Carlos e o Ronaldo estavam no mesmo quarto.

    "Eles sempre foram muito amigos, se tratavam por 'lixo', brincando. O Ronaldo deitou. O Roberto Carlos começa a chamá-lo para se preparar para o jogo. Quando ele cai da cama e começa a convulsionar, roxo. Aí, chegam Edmundo, Leonardo. Há um caos generalizado e o Ronaldo acorda.

    "É levado para a clínica Lilas (ortopédica) em Paris. Sim, ele foi levado por um ortopedista. E não o médico principal (Lídio Toledo). E que não fala inglês e nem francês. O Ronaldo faz uma bateria de exames. Os jogadores se preparam para a final. O Zagallo escala o Edmundo. Estava tudo pronto. Mas aí, o Ronaldo chega. Pálido. E diz para o Zagallo 'Professor, vou jogar."

    "O Zagallo já tinha passado para a Fifa a escalação, que foi distribuída para jornalistas de todo o planeta. Ele não suporta a pressão de não colocar em campo o melhor jogador do mundo. E o escala. Edmundo fica revoltado.

    "Mas o pior foi a reação dos outros jogadores titulares. Todos assustados. O Brasil entrou derrotado para a final da Copa do Mundo de 1998. Os companheiros viram as convulsões de Ronaldo. E tinham medo que ele fosse morrer durante o jogo. Acabou a concentração para a partida. O resultado foi 3 a 0 para os franceses. Com Ronaldo chorando no ombro do Zidane."

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    1 時間 37 分
  • 'CHOREI, POR NÃO TER IDO À COPA DE 2002. EU MERECIA. NEM VI OS JOGOS. FELIPÃO FOI INJUSTO COMIGO'
    2025/04/22

    Alex é muito racional.

    Firme, sério.

    Nas atitudes, nas palavras.

    Desde quando teve de escolher jogar no Corinthians ou no Palmeiras, aos 20 anos.

    A opção foi dele: a proposta que chegou ao Coritiba foi a mesma.

    Analisou a Parmalat e o Excel e a disputa que teria pela posição.

    Venceu o Palestra Itália, para desespero da direção corintiana.

    Sabe que é um dos grandes ídolos da história de dois gigantes brasileiros. E eterno, para a equipe que divide Istambul.

    Mas por trás da persona dura que criou, para viver no ambiente, muitas vezes, peçonhento do futebol, há uma pessoa sensível.

    Seus amigos no futebol revelam, que as emoções, ele sempre deixou para os poucos muito íntimos.

    "Sou filho de pessoas simples. Meu pai era pintor de paredes e minha mãe, cozinheira. Tive de enfrentar, como garoto, pressão enorme de jogar em clubes grandes como o Coritiba e o Palmeiras, ainda menino. Me dedicar ao máximo em campo, nos treinos, não basta. É preciso desenvolver o lado psicológico. O que é muito mais difícil. Ainda mais naquela época."

    Menino, mostrou talento jogando futebol em um campo na periferia de Curitiba, que tinha de dividir com sapos. Enfrentou a peneira para jogar no Coritiba. E rapidamente já estava nas Seleções de base.

    Resumir a carreira de Alex é impossível, em um texto curto. 20 títulos. Mais de 400 gols, 600 assistências. Meia brasileiro, só não fez mais gols que seu ídolo Zico. Se a Fifa e a France Football fossem justas, deveria ter brigado pelo troféu de melhor do mundo, em 2003, pelo Cruzeiro.

    Mas a conquista da Libertadores de 1999 pelo Palmeiras foi épica. Sua partida maravilhosa na semifinal, eliminando um dos melhores River Plate da história, não pode ser esquecida.

    Assim como a covarde perseguição de parte da imprensa. Como outros jogadores, Alex teve partidas irregulares. A cobrança no Palmeiras, bancado pela Parmalat, sempre foi exagerada. Pela seleção de atletas que conseguiu montar.

    'Um jornalista quis fazer graça e me chamou de Alexsotan. (Referência ao calmante Lexotan. Alex não quis dizer o nome. Mas foi Dalmo Pessoa, que trabalhava na TV Gazeta). Isso me prejudicou muito. Foi duro. Pessoas maldosas se aproveitavam. Eu não fui formado para recompor. Era meia armador, que recebia a bola. Mas me adaptei. Tive a chance de falar com essa pessoa, olhos nos olhos. E ela entendeu o mal que havia feito.'

    Alex não esquece a não ida para a Copa de 2002. Felipão era o técnico com quem ganhou a primeira Libertadores da história do Palmeiras.

    "Bom, primeiro, quem me indicou para o Palmeiras foi o Telê Santana. Não sei se seria escolhido pelo Felipe. Disputei os jogos das Eliminatórias com o Vanderlei Luxemburgo. Estava certo da chamada. Ainda mais com Djalminha fora, por ter brigado com seu técnico. Depois, o Emerson é cortado e vai o Ricardinho. Felipe disse que a escolha foi dele. Respeito. Mas foi injusta. Fiquei muito mal. Chorei. Nem vi os jogos da Copa."

    A passagem relâmpago no Flamengo? A maestria raivosa no Cruzeiro, vencedor da Tríplice Coroa? A idolatria absurda no Fenerbhaçe, com direito a estátua do tamanho natural, feita para um estrangeiro, na nacionalista Turquia?

    Sua trajetória brilhante como comentarista da ESPN/Brasil? Só acompanhando a entrevista.

    Vale destacar, no entanto, o seu estudo profundo, a visão moderna como treinador. Treinando o sub-20 do São Paulo, foi vice brasileiro. E levou o time à semifinal da Copa São Paulo. E ainda revelou jogadores que renderam mais de R$ 100 milhões ao clube.

    Estava sendo preparado para técnico do time principal. Mas se sentiu pronto para o profissional. Foi para o Avaí e Antalyaspor, da Turquia. Foi enganado duas vezes, por direções que prometeram contratações que não vieram.

    "Foram duras lições. Mas aprendo rápido. Vou seguir como técnico. Quero trabalhar em parceira com um clube com filosofia de trabalho, estrutura. E me juntar a pessoas sérias. Sinto que tenho condições de crescer muito na profissão."

    Alguém ainda duvida de Alex de Souza?

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