エピソード

  • #394 Lilian Jeane Schiffer
    2025/01/09

    Desde cedo, minha convidada de hoje foi muito influenciada pelo estilo de vida do pai, um empresário que se dividia entre o tiro, a pilotagem de aviões, o paraquedismo e o motociclismo. Foi na figura paterna que encontrou o primeiro exemplo de uma vida dinâmica. Na infância, praticou natação e todas as modalidades esportivas disponíveis no colégio. Foi nos Jogos Estudantis Municipais de sua cidade natal que um treinador de ciclismo percebeu seu talento e a convidou para integrar a equipe local. Apesar de pedalar de forma despretensiosa, com uma bicicleta simples de passeio, a experiência de ser convidada para treinar com atletas mais experientes despertou nela o sentimento de ser especial em algo.

    Na adolescência, o ciclismo deu lugar ao handebol e a outros esportes coletivos. Ela acabou deixando as atividades esportivas nos primeiros anos da faculdade, até voltar a pedalar, influenciada por um namorado. Foi nessa época que o triathlon entrou em sua vida. Fascinada, começou a correr e retomou a natação, participando com entusiasmo provas como o Desafio da Serra do Rio do Rastro, a corrida de São Silvestre e seu primeiro triathlon olímpico.

    Em 2017, encarou o maior desafio de sua vida até então: o Ironman de Florianópolis. Nos anos seguintes, buscou experiências além das competições esportivas, como cursos de paraquedismo e parapente, e, em 2019, completou sua primeira ultramaratona. No entanto, a pandemia trouxe uma fase difícil. Com as piscinas fechadas e o isolamento social, ela limitou seus treinos e sentiu a frustração de estar distante do que amava, perdendo a conexão mais próxima com os esportes.

    Em 2023, a chama voltou a acender. Inspirada por vídeos da Ultramaratona dos Perdidos, decidiu retomar os treinos com foco total. Ao lado de sua treinadora de longa data, Elayne Alves, que sempre acreditou em seu potencial, encarou um ciclo intenso que a fez redescobrir sua força e renovar sua paixão pelo esporte. Correndo ao lado de seu border collie, Coyote, seu fiel companheiro, e motivada pelo reconhecimento de um grande número de seguidores no Instagram, encontrou uma nova energia para se desafiar e realizar seus sonhos.

    Conosco aqui hoje, a veterinária, triatleta, mountain biker, arrais amador, atiradora, paraquedista, skydiver, motociclista, ultramaratonista, fotógrafa amadora e aviadora, uma ponta-grossense viciada em viver, a comandante Lilian Jeane Schiffer.

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  • #393 Vinícius Rodrigues
    2025/01/04

    Ele acredita que sua verdadeira vida começou em 2013, no dia em que sofreu um grave acidente de moto em Maringá, no Paraná. À primeira vista, parecia o início de um fim. Mas a visita inesperada de uma campeã paralímpica mudou tudo. Ela o encorajou com palavras simples e certeiras: “O Brasil estava precisando de um atleta mesmo, ainda bem que você chegou.” Foi ali, no leito de um hospital e com um futuro incerto, que brotou o desejo de se tornar um atleta.

    Cinco dias após o acidente, decidiu que seria corredor. Em menos de cinco meses, já havia trocado Maringá por São Paulo, com a ambição de integrar a seleção paralímpica brasileira. Uma determinação inabalável, alimentada por uma mentalidade renovada e uma coragem inédita, qualidades que, segundo ele, nunca haviam se manifestado antes do acidente. O homem de antes cedeu lugar a outro, que carregava consigo uma nova visão de vida. Seu objetivo: tornar-se um dos melhores velocistas do mundo.

    O início, como é para tantos, foi marcado por desafios e frustrações. A mais difícil de todas as provas, segundo ele, foi a não classificação para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. A dor de não competir em seu país serviu como combustível. Determinado a superar a decepção vivida, ele entrou no top 3 mundial em 2017 e, dois anos depois, estabeleceu um novo recorde mundial nos 100 metros T63, com a marca de 11s95.

    Em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, em Tóquio 2021, ele subiu ao pódio com a medalha de prata, a apenas um centésimo do lugar mais alto. Não satisfeito, seguiu acumulando conquistas, como a prata no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico em Paris e, finalmente, mais uma medalha paralímpica, com o bronze nos Jogos de Paris 2024.

    Fora das pistas, ele também protagonizou discussões importantes sobre acessibilidade como participante do Big Brother Brasil de 2024, tornando-se o segundo atleta paralímpico da história do programa.

    Conosco aqui está um dos maiores velocistas paralímpicos do Brasil, atleta ASICS que não tem receio de desafiar seus limites, inspirando milhares de pessoas com sua história de superação, resiliência e busca pela excelência, e cujo legado transcende as pistas, ecoando como uma verdadeira lição de vida e coragem, o primaveirense Vinícius Gonçalves Rodrigues.

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  • #392 Tota Magalhães
    2025/01/02

    Ao primeiro olhar, ela parece carregar a leveza de quem nasceu para pedalar. Mas não se engane: por trás da expressão de garota e do sorriso fácil, há uma enorme força, forjada pela vontade e determinação de vencer. Vinda de uma família onde o ciclismo é mais do que um hobby – quase uma tradição –, ela encontrou cedo a inspiração para trilhar um caminho próprio. Porém, foi no momento em que trocou os gramados pelo asfalto que descobriu sua verdadeira vocação.

    Desde então, sua história tem sido marcada por uma ascensão vertiginosa, guiada pelo talento natural e pela obstinação de quem não aceita menos do que o máximo. Os primeiros títulos nacionais vieram como prova de seu potencial, mas foi quando pedalou entre as melhores do mundo que ela mostrou sua capacidade de ir além. Vestir a maglia azzurra no Giro d’Italia Feminino de 2024 foi um marco, mas talvez tão memorável quanto ver seu nome entre as atletas convocadas para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, a sua estréia.

    Agora, ela segue rumo ao futuro com a mesma coragem que a fez acreditar em si mesma desde o início. Representará nos próximo s dois anos uma das mais tradicionais equipes do ciclismo mundial, levando consigo não apenas as cores da bandeira brasileira, mas também o sonho de transformar a modalidade no país que tanto a inspira.

    Carioca por nascença, ciclista por paixão e referência de uma nova geração de atletas, é com alegria que recebo novamente no Endörfina a vencedora do prêmio Brasil Olímpico de 2023, campeã brasileira de ciclismo de estrada e contrarrelógio, a primeira carioca e ciclista brasileira no World Tour, Ana Vitória Tota Magalhães.

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    A Galibier Vida, Saúde e Previdência, com mais de 20 anos de história, é uma empresa que tenho a honra de conhecer de perto. O comprometimento da Galibier com seus clientes é impressionante, oferecendo soluções de proteção que vão além do comum, sempre com a credibilidade e confiança que só o Giovane e sua equipe podem proporcionar.

    Com uma relação estreita com as melhores seguradoras do mercado, a Galibier se dedica a garantir que você tenha a segurança e tranquilidade que precisa, seja com seguros de Vida, Saúde ou Viagem.

    Dentre os serviços, destaco o Seguro de Vida Resgatável, que protege quem você ama e ainda dá a flexibilidade de resgatar os valores acumulados, se necessário. Além disso, o Seguro Saúde com cobertura mundial garante atendimento onde quer que você esteja, e o Seguro Viagem cuida de todos os detalhes da sua jornada, desde pequenos imprevistos até emergências médicas.

    E não sou só eu que confio na Galibier. Alguns dos convidados mais especiais aqui do Endörfina também utilizam os serviços da empresa, que está sempre presente em momentos importantes da vida deles.

    Se você quer cuidar do seu futuro e de quem você ama, confie na Galibier. Siga no Instagram em @galibierconsultoria e conheça mais sobre como a Galibier pode fazer a diferença para você e sua família.

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    1 時間 23 分
  • #391 Marcelo Avelar
    2024/12/28

    Meu convidado vem de uma família humilde. Ele vendeu geladinhos, trabalhou revirando grãos de café, vendeu cerveja no carnaval, foi office boy e palhaço em um circo improvisado. Seu pai era árbitro de futebol de salão, e ele cresceu imerso nesse ambiente esportivo. A vivência em diversas modalidades esportivas durante a infância também o ajudou a desenvolver um repertório de habilidades físicas que o beneficiaram em sua carreira esportiva e ele encontrou no futebol um caminho para a prosperidade.

    Jogando como volante, foi selecionado para compor o elenco do Guarani de Campinas. Embora sua técnica não fosse refinada, sua dedicação e entrega em campo eram exemplares. Algum tempo depois, ele se despediu do clube e rumou para São Paulo, onde vestiu a camisa da Portuguesa e, na sequência, foi emprestado para um time da segunda divisão na Holanda. A adaptação ao frio e à cultura foi um desafio, e após dezoito meses, ele retornou ao Brasil. Mais tarde, foi emprestado para um time costa riquenho e mudou-se para Boston, onde ficou por seis meses antes de voltar definitivamente ao Brasil.

    Sem contrato, em 2008, ele passou a correr na avenida próxima à sua casa, para manter o condicionamento físico. Pouco depois, surgiu uma oportunidade: na academia de ginástica que frequentava, ele foi convidado para substituir um professor de spinning ausente. A aula foi um sucesso, e ele rapidamente assumiu o posto de instrutor auxiliar de spinning. Foi nesse ambiente que conheceu Márcia, uma corredora que o incentivou a acompanhá-la nos treinos e, ao conhecer sua história, propôs financiar seus estudos em Educação Física em troca de sua companhia nos treinos – uma oferta que mudou o rumo de sua vida.

    Márcia o convidou para participar de sua primeira corrida de rua, e, para sua surpresa, ele conquistou o 10º lugar. Curioso e comprometido, ele começou a aplicar os conhecimentos da faculdade em seus próprios treinos. Logo, passou a figurar no pódio em competições, e essa transformação fez com que ele abraçasse a corrida como sua verdadeira profissão.

    Esse sucesso o inspirou a criar um grupo de corrida de rua, onde oferecia aos corredores o suporte e a orientação que ele próprio gostaria de ter recebido no início de sua trajetória.

    Ele não apenas se destacou como corredor de elite – acumulando vitórias na Meia Maratona Internacional de Porto Alegre e na Meia Maratona Internacional de João Pessoa, Vice-campeão na Meia Maratona de Washington e na ultramaratona Bertioga-Maresias – mas também se consolidou como um treinador de excelência. Com profundo conhecimento em performance esportiva, ele guia atletas amadores a atingirem seus melhores resultados, transmitindo disciplina e paixão por meio de sua abordagem motivacional.

    Conosco aqui, tenho a honra de receber o educador físico, pós-graduado em Fisiologia e Biomecânica, treinador, corredor versátil, fundador da CZN Assessoria Esportiva, tri-campeão da Meia Maratona da Disney, o conquistense que não sabe o que significa desistir, Marcelo Batista Avelar.

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  • #390 Tamara Klink e Marina Helena Klink
    2024/12/26

    Elas nasceram em São Paulo, em uma casa onde o horizonte era muito mais do que uma linha distante. Cresceram rodeadas por histórias e vivências que pareciam tiradas de livros de aventura, mas eram reais — escritas a cada expedição, a cada viagem, a cada travessia. Inspiradas pelos pais, ambas foram moldadas por um olhar curioso e inquieto sobre o mundo, um olhar que as levou a caminhos tão diversos quanto complementares.

    A mais velha enxergou nos diários de bordo e nas linhas do horizonte um convite para seguir seu próprio curso. Apaixonada pela escrita e pelo mar, atravessou fronteiras com a mesma naturalidade com que anotava suas impressões de viagem. Formou-se arquiteta entre São Paulo e Nantes, na França, onde se especializou em arquitetura naval. Mas o destino a chamou para longe das pranchetas e a levou a transformar pequenos barcos em grandes capítulos da sua vida. Da Noruega a Paraty, da Bretanha à Baía de Disko, com liberdade e coragem desbravou milhas e milhas náuticas, protagonizando jornadas solitárias e, ao mesmo tempo, universais.

    Já a mais nova encontrou seu território nas maratonas. A primeira corrida foi um refúgio durante os dias da pandemia, uma maneira de manter a mente e o corpo em movimento. Autodidata, abraçou a fisiologia como um desafio pessoal até decidir que era hora de contar com a orientação de um treinador. O resultado veio rapidamente: em 2023, ela estreou na maratona de Porto Alegre e, poucos meses depois, cruzou a linha de chegada em Amsterdã, cravando excelentes 3h03m. Para ela, a corrida é um espelho de sua personalidade — uma jornada de autoconhecimento, resiliência e superação.

    Mas o horizonte dessas duas irmãs não se limita a mares e maratonas. A mais velha é, além de velejadora, escritora, fotógrafa e palestrante, compartilhando suas histórias e reflexões sobre a vida e a natureza humana. A mais nova, formada em Administração de Empresas pela FGV, deu uma guinada no roteiro: trocou o mercado financeiro pelo sonho de ser médica e hoje cursa a faculdade de Medicina no Albert Einstein, sem deixar de lado sua paixão pela fotografia, pela corrida e pela escrita.

    Duas irmãs, dois caminhos singulares e uma herança comum de coragem, inquietude e poesia. Juntas, hoje aqui no Endörfina, a primeira e única Tamara Wolff Bandeira Klink e a futura doutora Marina Helena Bandeira Klink.

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  • #389 Vittória Lopes e Djenyfer Arnold
    2024/12/21

    Ela começou sua jornada esportiva com apenas 6 meses de idade, incentivada por sua mãe, uma lenda da natação e do triathlon em Fortaleza, que foi a primeira mulher do Norte-Nordeste a competir na natação dos Jogos Pan-Americanos. Com o incentivo materno, ela construiu uma carreira sólida na natação competitiva, conquistando títulos nos Campeonatos Cearense, Norte-Nordeste e Brasileiro. No entanto, após um período difícil morando em Curitiba, onde enfrentou desafios de adaptação, ela decidiu parar de nadar.

    Foi então que, a convite de um amigo e, mais uma vez, inspirada pelo exemplo da mãe, ela se aventurou no triathlon em 2014. Destacando-se rapidamente, ela conquistou o título de Campeã Brasileira Júnior, repetindo o feito em 2015.

    Nos anos seguintes, acumulou experiência competindo em provas do circuito mundial. Entre suas principais conquistas, estão a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2019 (Lima, Peru) e o ouro no revezamento misto. Após uma preparação atípica, participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, onde percebeu que ainda havia muito a aprender sobre seu corpo e seus limites.

    Depois de uma fase de ressignificação da carreira, mudou-se para os Estados Unidos, trocou de treinador e, com foco renovado, preparou-se para sua segunda Olimpíada. O ano de 2022 foi especial: além de se casar, ela venceu o Herbalife 24 Triathlon, conquistou a medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos, ouro no revezamento misto, foi vice-campeã no Campeonato Pan-Americano e conquistou o ouro novamente no revezamento misto. Em 2023, tornou-se Campeã dos Jogos Pan-Americana na prova do revezamento misto.

    Foi um período de autodescoberta e amadurecimento. Apesar de ter se recuperado de uma lesão na reta final do ciclo olímpico, ela sofreu duas quedas de bicicleta durante a competição individual em Paris, o que afetou seu resultado. No entanto, dias depois, na prova de revezamento misto, ajudou o Brasil a conquistar a excelente 8ª colocação.

    Agora, em um período de recuperação pós-Jogos, ela está aproveitando o momento e participou, há poucas semanas, do Ironman 70.3 de Cozumel, sua estreia nessa distância.

    Conosco aqui, a triatleta profissional eleita pelo Super League Triathlon como a “rainha da natação”, que se dedica diariamente a descobrir todo o seu potencial em busca de se tornar uma atleta mais completa e confiante, a cearense Vittória Lopes de Mello.

    Minha outra convidada iniciou sua trajetória esportiva aos 7 anos na natação. Destacou-se como Campeã Brasileira e Sul-Americana de maratonas aquáticas. Após uma carreira de sucesso na natação competitiva nas piscinas, foi incentivada a experimentar o triathlon em 2017, já com 24 anos de idade. No entanto, essa transição não foi fácil. Muitas competições tiveram a justamente a etapa da natação canceladas e ela teve dificuldades para se adaptar ao ciclismo, utilizando equipamentos emprestados e inadequados.

    Esses desafios moldaram sua resiliência e determinação. Em 2019, já representando o Esporte Clube Pinheiros, Djenyfer conquistou títulos expressivos, incluindo o Campeonato Brasileiro de Triathlon, Aquathlon e Duathlon, além de vencer o Campeonato Pan-Americano e garantir o bronze nos Jogos Sul-Americanos de Lima. Vitória na Americas Cup 2022.

    Sonhando classificar-se para os Jogos Olímpicos, disputou muitas etapas do Circuito Mundial No cenário internacional, obteve um impressionante 8º lugar no World Triathlon Championship Series em Yokohama (2024) e um 5º lugar na Copa do Mundo no Chile. Seu desempenho no Circuito Mundial garantiu sua vaga olímpica, e ela fez sua estreia nos Jogos de Paris, onde, após uma largada difícil e cumprir uma penalidade de tempo, terminou em um expressivo 20. lugar. Depois, também fez parte da conquista do time brasileiro na estréia da prova do revezamento misto em olimpíadas.

    Conosco aqui, a educadora física, 3. Sargento do Exército Brasileiro e triatleta profissional ASICS que vem trabalhando incansavelmente para fortalecer sua mente e corpo, determinada a atingir sua melhor performance e provar que é uma das melhores do mundo, a são-bentense Djenyfer Arnold.

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  • #388 Djan Madruga
    2024/12/19
    Existem indivíduos que, ao longo de suas carreiras, não apenas alcançam vitórias, mas deixam marcas profundas, transformando a história do esporte. Este é o caso do meu convidado de hoje, um nadador que brilhou intensamente em cada desafio que encarou. Um atleta brasileiro único, que, desde seus primeiros passos na natação, já prenunciava uma trajetória de superação e excelência, pavimentando um caminho de conquistas que inspirariam gerações. Em sua época, ele foi possivelmente o nadador mais completo do Brasil, dominando as piscinas com um feito até hoje inigualável: a quebra simultânea dos recordes sul-americanos em todas as distâncias do nado livre, desde os 100 até os 1500 metros, além dos 200 metros medley, 400 metros medley e 200 metros costas. Em meio a esses recordes, também estabeleceu o recorde brasileiro nos 200 metros borboleta, uma amostra de sua versatilidade e domínio das águas. Sua carreira internacional é digna de destaque, com participações expressivas em três Olimpíadas e cinco finais disputadas: Montreal (1976), Moscou (1980) e Los Angeles (1984). Em Moscou, sua determinação o levou ao pódio, conquistando a medalha de bronze no revezamento 4x200 metros livre. Ele ainda marcou seu nome ao bater o primeiro recorde olímpico da natação brasileira em 1976, alcançando a final na prova dos 400 metros livre e confirmando seu status de estrela internacional. No cenário pan-americano, ele estabeleceu um recorde duradouro ao conquistar seis medalhas em uma única edição, em Porto Rico (1979), e, em suas três participações no evento, acumulou um total de onze medalhas, uma marca que perdurou intocada por 28 anos. Também adicionou ao seu currículo medalhas no campeonato Aberto dos Estados Unidos, na Universiade e na primeira Copa do Mundo de Natação, além de incríveis 50 vitórias no Troféu Brasil de Natação. Paralelamente à sua jornada nas piscinas, ele foi também um pioneiro no triathlon, competindo e se destacando nas principais provas da modalidade entre os anos de 1982 a 1984. Nesse último ano, poucos meses após competir o Jogos de Los Angeles, participou do Ironman do Havaí, onde, apesar do curto período de preparação, estabeleceu o recorde da natação. Sua determinação o levou a concluir a prova mesmo exausto. De volta ao Brasil, continuou competindo profissionalmente até 1987, mas sua paixão pela modalidade foi além, ao participar da organização das primeiras provas de triathlon do Brasil, e alguns eventos icônicos como o C&A Short Triathlon Series, o Triathlon Armazém do Esporte, as primeiras edições do Ironman realizadas em solo brasileiro e o Meio Ironman de Porto Seguro, que serviu como a única seletiva nacional para o Campeonato Mundial de Ironman. Desde 1990, ele continua a fazer história como nadador máster, acumulando até hoje 21 títulos mundiais, além de estabelecer quatro recordes mundiais. Entre os mais recentes, destacam-se os recordes mundiais nas provas de 1500 e 800 metros nado livre na categoria máster 65+ em 2023, além do recorde mundial nos 200 metros costas em setembro de 2024. Em eventos máster, ele se destaca com conquistas notáveis, como as dez medalhas de ouro nos Jogos Mundiais Máster e cinco vitórias consecutivas na Travessia dos Fortes em sua faixa etária. Além de suas conquistas esportivas, ele também se formou e obteve o título de mestre em Educação Física pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, em 1984, ampliando sua expertise para além das piscinas. Dedicou-se a compartilhar seu conhecimento e paixão pelo esporte, atuando como treinador e proprietário de uma academia de natação, onde orienta novos talentos. Em sua trajetória como gestor esportivo, foi secretário Nacional de Alto Rendimento de 2007 a 2009, período em que idealizou e implementou o Programa Atletas de Alto Rendimento, no Ministério do Esporte, deixando mais uma marca de sua dedicação ao desenvolvimento do esporte nacional. Djan Garrido Madruga é, assim, uma referência incomparável tanto como atleta quanto como mentor e gestor. Suas realizações e seu legado perduram, refletindo uma vida dedicada ao esporte e à superação, que continua a inspirar e a redefinir os limites do possível para novas gerações de atletas brasileiros. Inspire-se! SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se. Um oferecimento de @BOVEN_ENERGIA. Quando a paixão pelo esporte encontra a energia transformadora, nascem histórias inspiradoras e uma nova etapa do seu negócio está para começar! Sabia que no Mercado Livre de Energia, você está livre das Bandeiras Tarifárias e pode economizar até 40% na conta de energia? É uma alternativa inteligente para empresas que procuram eficiência energética, economia e compromisso com a sustentabilidade, contribuindo com a redução de emissões de carbono em nosso planeta....
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    2 時間 16 分
  • #387 Erik Cardoso, Felipe Bardi e Lucas Vilar
    2024/12/14
    Tenho o privilégio de estar na presença de três seres humanos e velocistas de primeira grandeza. Desde cedo, Erik Felipe Barbosa Cardoso mostrou talento para o esporte. Natural de Santo André, seu primeiro contato com o atletismo ocorreu aos 10 anos de idade, através do Programa Atleta do Futuro, do SESI em Piracicaba. Praticou salto em distância, arremesso de peso, corrida com barreiras, corrida de velocidade e teve destaque no lançamento do disco. Aos 16 anos passou a focar nas provas de velocidade, onde demonstrou mais aptidão. Erik despontou cedo nas competições nacionais e internacionais. Aos 17 anos, representou o Brasil no Campeonato Mundial Sub-18, e em 2019, conquistou a medalha de ouro nos 100 metros rasos e no revezamento 4x100 no Campeonato Sul-Americano Sub-20. Seu avanço meteórico culminou em 2021, quando foi eleito "Atleta Revelação" do Prêmio Loterias Caixa Melhores do Ano do Atletismo. Nesse ano, Erik registrou uma marca histórica nos 100 metros, com um tempo de 10s01, tornando-se o segundo homem mais rápido do Brasil na época. Em 2023, fez história ao ser o primeiro brasileiro a quebrar a barreira dos 10 segundos nos 100 metros rasos, com um impressionante tempo de 9s97 durante o Campeonato Sul-Americano. Essa conquista garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, solidificando-o como uma das maiores promessas do atletismo mundial. Ao seu lado Felipe Bardi dos Santos, natural de Americana, em São Paulo, é outro dos principais velocistas brasileiros da atualidade, reconhecido por sua consistência e capacidade de superação. Desde cedo, mostrou seu talento nas pistas, destacando-se ao conquistar o título de campeão dos 200 metros no Mundial Escolar. Ela tinha apenas 16 anos de idade e essa vitória marcou o início de uma carreira promissora, mas também desafiadora. Ao longo dos anos, Bardi enfrentou obstáculos significativos, como uma lesão em 2018, que o afastou das competições. Apesar das dificuldades, perseverou e voltou com força em 2020, vencendo competições nacionais e internacionais, como o GP Brasil e o Meeting Internacional, além de alcançar o posto de líder do ranking sul-americano nos 100 metros. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima em 2019, conquistou a medalha de prata nos 100 metros. Sua evolução o levou a integrar a equipe brasileira nos Jogos de Tóquio 2021, onde competiu nos 100 metros rasos e no revezamento 4x100 metros. Ele venceu os 100 metros no campeonato brasileiro em 2022 e no Sul-Americano de 2023 foi campeão nos 4x100m. Ano passado, se tornou o homem mais rápido da América do Sul aos vencer os 100 metros no Troféu Bandeirantes com o tempo de 9s96. Felipe participou agora dos Jogos Olímpicos de Paris e segue em busca da sua melhor performance. Lucas Conceição Vilar, nascido em Limeira, é mais um jovem talento do atletismo brasileiro. Aos 11 anos, começou sua trajetória no atletismo por meio do projeto Águias Guariba (cidade do interior de SP), rapidamente se destacando em competições juvenis. Suas conquistas nos 200m incluem a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos da Juventude em 2017, prata no Mundial Escolar de 2018 e bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude no mesmo ano. Em 2019 conquistou três medalhas de bronze no Pan-Americano (200, 4x100 e 4x400m). Em 2021 foi prata no Sul-Americano (200m) e representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, competindo nos 200 metros rasos. No último ciclo olímpico, Lucas alcançou importantes conquistas em competições internacionais. A medalha de ouro nos 400 metros rasos nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, dominando a prova de ponta a ponta sob condições adversas, e a prata no revezamento 4x400m misto. A classificação para Paris 2024 com a equipe do revezamento 4x400m masculino foi conquistada durante o Mundial de Revezamentos da Bahamas em 2024. Esses resultados refletem a sua ascensão no cenário global nas provas de 200 e 400 metros, tanto individuais quanto em revezamento. Além de serem três dos mais rápidos corredores do mundo, são amigos há muitos anos, dividem um apartamento, estão cursando Educação Física e representam além das forças armadas, a equipe do SESI e compõe o estrelado time ASICS. Inspire-se! Powered by ASICS SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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