Cada vez mais pacientes com queixas gastrointestinais têm ouvido falar nos tais FODMAPs — um grupo de carboidratos fermentáveis que, embora presentes em muitos alimentos saudáveis, podem desencadear desconfortos como inchaço, dores abdominais e alterações intestinais. No podcast Conversa com o Especialista, a nutricionista Dra. Emily Córneo, da Clínica Stima, explica o que são os FODMAPs, como eles afetam a digestão e quem pode se beneficiar de uma dieta com restrição temporária desses componentes.

“FODMAPs são açúcares de difícil digestão que fermentam no intestino, gerando gases e desconforto, especialmente em pessoas com maior sensibilidade intestinal, como aquelas com síndrome do intestino irritável (SII)”, explica Emily. Alimentos como alho, cebola, trigo, maçã, leite e leguminosas são ricos nesses compostos e podem ser gatilhos para sintomas digestivos. A especialista ressalta que a dieta pobre em FODMAPs não é uma recomendação genérica, mas uma abordagem personalizada, que deve ser conduzida por um profissional de nutrição para garantir equilíbrio nutricional.

Durante a entrevista, Emily também alerta sobre os riscos de fazer restrições alimentares sem orientação, o que pode levar a deficiências nutricionais e desequilíbrio da microbiota intestinal.

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou recentemente as diretrizes para a indicação de cirurgias bariátricas no Brasil, ampliando o acesso ao procedimento e reconhecendo sua importância no controle da obesidade e doenças associadas. No podcast Conversa com o Especialista, o cirurgião-geral Dr. Giancarlo Búrigo (CRM-SC 6664 / RQE 1659 e 26340), da Clínica Stima, comenta as principais mudanças e os impactos esperados tanto na medicina privada quanto no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as novidades, destaca-se a possibilidade de indicação para pacientes com índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 35, desde que apresentem comorbidades graves.

“Antes, só pacientes com IMC acima de 40, ou acima de 35 com doenças associadas, podiam ser operados. Agora, a medicina reconhece que a obesidade moderada, quando mal controlada, também pode causar sérios prejuízos à saúde”, explica o Dr. Giancarlo. A mudança abre caminho para tratar preventivamente doenças como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono, antes que se agravem. O cirurgião reforça, no entanto, que a decisão pela cirurgia continua a exigir avaliação criteriosa e acompanhamento multidisciplinar, incluindo psicólogos, nutricionistas e clínicos.

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Em situações de doenças graves ou terminais, quando o paciente já não consegue expressar suas vontades, as diretivas antecipadas de vontade se tornam uma ferramenta essencial para garantir respeito à sua autonomia. Em entrevista ao podcast Conversa com o Especialista, a médica clínica e paliativista Dra. Lauren Provin esclarece o que são essas diretivas, como elas funcionam e por que sua formalização ainda é pouco discutida no Brasil. Segundo a especialista, o documento permite que o paciente manifeste, de forma clara e legal, quais tratamentos deseja ou não receber em casos futuros de incapacidade.“As diretivas antecipadas são um gesto de cuidado com si mesmo e com a família. Elas evitam decisões precipitadas, angústia para os entes queridos e permitem que o paciente seja tratado com respeito à sua história e valores, mesmo quando não pode mais se comunicar”, afirma.A médica também ressalta a importância de dialogar com familiares e profissionais de saúde sobre o tema antes que a urgência se instale. A criação das diretivas deve ser feita com acompanhamento médico e, preferencialmente, registrada em cartório para garantir validade legal. O Conversa com o Especialista está disponível no Portal Mais Sul, YouTube, Instagram e Spotify.#CuidadosPaliativos #Finitude #Podcast