
'CHOREI, POR NÃO TER IDO À COPA DE 2002. EU MERECIA. NEM VI OS JOGOS. FELIPÃO FOI INJUSTO COMIGO'
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Alex é muito racional.
Firme, sério.
Nas atitudes, nas palavras.
Desde quando teve de escolher jogar no Corinthians ou no Palmeiras, aos 20 anos.
A opção foi dele: a proposta que chegou ao Coritiba foi a mesma.
Analisou a Parmalat e o Excel e a disputa que teria pela posição.
Venceu o Palestra Itália, para desespero da direção corintiana.
Sabe que é um dos grandes ídolos da história de dois gigantes brasileiros. E eterno, para a equipe que divide Istambul.
Mas por trás da persona dura que criou, para viver no ambiente, muitas vezes, peçonhento do futebol, há uma pessoa sensível.
Seus amigos no futebol revelam, que as emoções, ele sempre deixou para os poucos muito íntimos.
"Sou filho de pessoas simples. Meu pai era pintor de paredes e minha mãe, cozinheira. Tive de enfrentar, como garoto, pressão enorme de jogar em clubes grandes como o Coritiba e o Palmeiras, ainda menino. Me dedicar ao máximo em campo, nos treinos, não basta. É preciso desenvolver o lado psicológico. O que é muito mais difícil. Ainda mais naquela época."
Menino, mostrou talento jogando futebol em um campo na periferia de Curitiba, que tinha de dividir com sapos. Enfrentou a peneira para jogar no Coritiba. E rapidamente já estava nas Seleções de base.
Resumir a carreira de Alex é impossível, em um texto curto. 20 títulos. Mais de 400 gols, 600 assistências. Meia brasileiro, só não fez mais gols que seu ídolo Zico. Se a Fifa e a France Football fossem justas, deveria ter brigado pelo troféu de melhor do mundo, em 2003, pelo Cruzeiro.
Mas a conquista da Libertadores de 1999 pelo Palmeiras foi épica. Sua partida maravilhosa na semifinal, eliminando um dos melhores River Plate da história, não pode ser esquecida.
Assim como a covarde perseguição de parte da imprensa. Como outros jogadores, Alex teve partidas irregulares. A cobrança no Palmeiras, bancado pela Parmalat, sempre foi exagerada. Pela seleção de atletas que conseguiu montar.
'Um jornalista quis fazer graça e me chamou de Alexsotan. (Referência ao calmante Lexotan. Alex não quis dizer o nome. Mas foi Dalmo Pessoa, que trabalhava na TV Gazeta). Isso me prejudicou muito. Foi duro. Pessoas maldosas se aproveitavam. Eu não fui formado para recompor. Era meia armador, que recebia a bola. Mas me adaptei. Tive a chance de falar com essa pessoa, olhos nos olhos. E ela entendeu o mal que havia feito.'
Alex não esquece a não ida para a Copa de 2002. Felipão era o técnico com quem ganhou a primeira Libertadores da história do Palmeiras.
"Bom, primeiro, quem me indicou para o Palmeiras foi o Telê Santana. Não sei se seria escolhido pelo Felipe. Disputei os jogos das Eliminatórias com o Vanderlei Luxemburgo. Estava certo da chamada. Ainda mais com Djalminha fora, por ter brigado com seu técnico. Depois, o Emerson é cortado e vai o Ricardinho. Felipe disse que a escolha foi dele. Respeito. Mas foi injusta. Fiquei muito mal. Chorei. Nem vi os jogos da Copa."
A passagem relâmpago no Flamengo? A maestria raivosa no Cruzeiro, vencedor da Tríplice Coroa? A idolatria absurda no Fenerbhaçe, com direito a estátua do tamanho natural, feita para um estrangeiro, na nacionalista Turquia?
Sua trajetória brilhante como comentarista da ESPN/Brasil? Só acompanhando a entrevista.
Vale destacar, no entanto, o seu estudo profundo, a visão moderna como treinador. Treinando o sub-20 do São Paulo, foi vice brasileiro. E levou o time à semifinal da Copa São Paulo. E ainda revelou jogadores que renderam mais de R$ 100 milhões ao clube.
Estava sendo preparado para técnico do time principal. Mas se sentiu pronto para o profissional. Foi para o Avaí e Antalyaspor, da Turquia. Foi enganado duas vezes, por direções que prometeram contratações que não vieram.
"Foram duras lições. Mas aprendo rápido. Vou seguir como técnico. Quero trabalhar em parceira com um clube com filosofia de trabalho, estrutura. E me juntar a pessoas sérias. Sinto que tenho condições de crescer muito na profissão."
Alguém ainda duvida de Alex de Souza?