Depois de uma vida sem receber a devida valorização, o jogo virou para Barbosa após o seu falecimento. Graças ao trabalho incansável de Tereza Borba, Moacyr começa a ser reconhecido, ganha música, exposição no Museu do Futebol, dá nome ao CT do Vasco e muito mais.

No 6° e último episódio de "Barbosa: Defendendo um Legado", mergulhamos no legado no nosso protagonista, na representatividade dele atualmente e nas homenagens que ele vem recebendo.

De quem foi a culpa pelo Maracanaço? De acordo com o senso comum da época, os culpados eram Barbosa, Bigode e Juvenal.

O que eles tinham em comum? A cor da pele. Os três bodes expiatórios do trauma brasileiro contra o Uruguai na Copa do Mundo de 1950 eram negros.

Em mais um episódio de "Barbosa: Defendendo um Legado", contamos com a ajuda do ex-goleiro Aranha, negro e referência na luta antirracista, para explicar como o preconceito racial se manifesta no futebol, em especial para os goleiros negros.

"DEIXEI DE ACREDITAR EM DEUS NO DIA EM QUE VI O BRASIL PERDER A COPA DO MUNDO NO MARACANÃ"

Essa frase está no livro "Anatomia de Uma Derrota" de Paulo Perdigão. Ela mostra o estado em que o Brasil ficou após a perda da Copa do Mundo de 1950 em pleno Maracanã. No 4° episódio de "Barbosa: Defendendo um Legado", você vai descobrir como colocaram em Moacyr Barbosa a culpa pela derrota do Brasil, como foi a repercussão em jornais da época e por que Nelson Rodrigues trata o jogo contra o Uruguai como a "Hiroshima Brasileira".

Em pleno desenvolvimento econômico, o Brasil sediava a Copa do Mundo pela primeira vez em 1950. O evento era a grande oportunidade de apresentar o país para cenário internacional e colocar a bandeira verde e amarela entre as potências do planeta. Diante disso, o governo construiu o Maracanã, que já nasceu com status de "maior estádio do mundo".

O cenário era perfeito para o primeiro título mundial da Seleção Brasileira. O Uruguai, no entanto, tinha outros planos. Neste episódio, você vai descobrir os BASTIDORES da derrota do Brasil na Copa de 50. Será que o goleiro Moacyr Barbosa foi realmente o grande culpado?

O primeiro ano de Barbosa no Vasco não foi fácil. Uma fratura na mão e a extrema concorrência pela posição o fizeram atuar em apenas uma partida na temporada. No entanto, um acontecimento para lá de curioso o alçou a titularidade do gol cruzmaltino, onde esteve por 10 anos seguidos, se tornou lenda e foi o primeiro nome da escalação do Expresso da Vitória, um dos principais times da história do futebol.

Moacyr Barbosa era apenas um adolescente quando perdeu seu pai e precisou deixar Campinas para viver e trabalhar em São Paulo. Alguns anos depois, jogava em um time várzea na Baixada do Glicério quando, por acaso, seu cunhado (e treinador), o escalou para jogar no gol. O resto... é história. E você ouve no 1° episódio de "Barbosa: Defendendo um Legado".